No sexto mês Deus enviou o anjo Gabriel a Nazaré, cidade da Galileia, a uma virgem prometida em casamento a certo homem chamado José, descendente de Davi. O nome da virgem era Maria. O anjo, aproximando-se dela, disse: “Alegre-se, agraciada! O Senhor está com você!” (Lucas 1.26-28)́

Para Maria, tudo começou quando ela era ainda muito jovem, provavelmente uma adolescente, idade em que geralmente aconteciam os casamentos daquela época. José era seu noivo, um homem simples, carpinteiro de profissão, mas de nobre posição familiar. José era parente do mais aclamado rei da história de Israel, Davi.

Deus, com todo o seu amor e bondade, escolheu a jovem como alvo de Sua graça. Ele enviou um mensageiro, Gabriel, para lhe dizer: “alegre-se, agraciada!” Ou seja,“sorria, Maria, você foi presenteada!”.

Tais palavras foram apenas o começo de algo que Maria ainda não compreendia totalmente, a saber, o valor do seu presente: incalculável. A graça de Deus para com Maria a tornaria uma mulher muito especial na história da reconciliação entre Deus e o mundo, entre homens e mulheres pecadores e um Deus santo. Ninguém na história humana havia recebido ou receberia tamanho presente.

Você algum dia recebeu um presente de alguém? O que você fez para que ele fosse seu? Eu sei: você estendeu os seus braços, abriu as suas mãos e o segurou. Você não pagou por ele, certo? Também não fez qualquer coisa para conquistá-lo, correto? Caso contrário, não seria um presente, mas um prêmio, como uma medalha ou troféu. Presentes nós simplesmente recebemos. Maria, de forma semelhante, simplesmente recebeu o presente de Deus: ela foi agraciada.

Alguns acreditam que Maria recebeu o presente porque ela foi obediente a Deus, porque era a mais pura entre todas as mulheres, ou seja, porque ela merecia. Porém, ainda que seja verdadeira a afirmação de que a vontade de Deus para o casamento é que o noivo e a noiva sejam virgens, a obediência de Maria não foi a razão pela qual Deus a escolheu. Como assim?

Em primeiro lugar, Deus não se limita a fazer a Sua vontade de acordo com a nossa lealdade. O cumprimento das Suas promessas acontece de acordo com a fidelidade dEle, não por causa da nossa obediência. Em segundo, se virgindade fosse uma condição que tornava Maria merecedora do presente de Deus, quantas outras mulheres virgens também não poderiam ser merecedoras de tamanho presente? A virgindade era algo culturalmente sagrado, como deveria ser hoje. Por último, somente Maria e José preenchiam as condições estabelecidas por Deus para que o Messias, Jesus Cristo, nascesse no momento histórico pré-determinado por Ele, tudo revelado segundo os profetas do passado.

O Natal se aproxima. Você consegue perceber que a iniciativa para que um dia pudéssemos celebrar esta data tão esperada começou em Deus? Foi Ele que, por meio dos profetas, nos avisou da vinda de Jesus. Foi Ele que, por meio do anjo Gabriel, avisou Maria que ela seria a mãe do Salvador. Nosso único e santo Deus nunca se esqueceu de nos incluir em Seu plano de salvação.

Você já pensou em celebrar o Natal na certeza deste conhecimento? O Natal só existe porque Deus, ainda que nunca merecêssemos, nos enviou o Salvador, que em certa ocasião disse: “Eu lhes asseguro: Quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna e não será condenado, mas já passou da morte para avida” (João 5.24).

UMA ORAÇÃO:

“Senhor Deus, nem sempre associei o Natal à vida de Jesus. Se a história bíblica do nascimento dEle é verdadeira, ajude-me a compreendê-la e aceitá-la, pois não quero viver longe da verdade. Amém.”

Este texto é Capítulo 1 do devocional “O Natal Verdadeiro – 12 Reflexões Bíblicas e Natalinas segundo o evangelho de Lucas“, criado por Thiago Zambelli, e publicado originalmente em www.nataldeverdade.com.br. Compartilhado com a devida autorização do autor.

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